A violência do opressor A reação do oprimido
A resistência
Sempre com a insuportável justificativa de se
garantir o “direito de ir e vir dos cidadãos”, governantes (e não importa o
partido) têm se prestado a garantir a fluidez do capital, isto é, assegurar a
lucratividade dos mais ricos. Os administradores da “ordem pública” sacrificam
vidas humanas (do povo trabalhador) para garantir os ganhos exorbitantes da insaciável
ganância da classe dominante nacional e internacional. O estúpido argumento de
que defende um dos direitos fundamentais não esconde a violência e a força
aplicadas pelo Estado sobre quem luta para melhorar as condições de existência degradadas
por esta mesma instituição.
Bombas de gás lacrimogêneo, de gás pimenta e balas
de borracha não contiveram os ânimos da juventude que tomou
parte das ruas naquela manhã de quinta-feira, abertura da Copa.
A poucos quilômetros
da estrutura bilionária (estádio do Corinthians), feita exclusivamente para
sediar a partida inicial da Copa, o mesmo Estado financiador do evento
violentava o direito de manifestação e os corpos dos manifestantes.
Enquanto a
mídia capitalista nacional conscientemente tentava invisibilizar as manifestações
no interior do Brasil, a mídia capitalista estrangeira informava ao mundo e aos
brasileiros do terror promovido pelos governos capitalistas (PSDB e PT, Geraldo
e Dilma): uma repórter da CNN foi vítima de estilhaços de bomba no braço, logo
seria interessante “cobrir o resto”; vários ficaram feridos e muitos foram
presos.
Entre as estações do metrô Carrão e Tatuapé, os confrontos entre as
forças da ordem capitalista (polícias militares) e os manifestantes
contestadores da “ordem” dos ditadores e do “progresso” de poucos, mostraram uma
juventude resistente, que bravamente enfrentou a truculência policial, até ser
dispersada pelo intenso poderio militar mobilizado (até helicóptero) para
impedir - a todo custo - qualquer “dano” nos investimentos do espetacular
evento lucrativo da FIFA.
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