28 de março de 2015

NA GREVE DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE SÃO PAULO, PROFESSORES PRECISAM ENFRENTAR A POLÍTICA FASCISTA DO GOVERNO E A TRUCULÊNCIA DA BUROCRACIA SINDICAL


Greve dos professores da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo cresce. Agora o professorado precisa mais se fortalecer para enfrentar a política fascista do Alckmin/PSDB e a truculência da burocrata Bebel/PT.





Na assembleia dos professores estaduais, realizada na Av. Paulista (27/03), a maioria votou pela continuidade da greve em resposta à política fascista do governador Geraldo Alckmin-PSDB. Há 15 dias em greve, e há anos em condições de precarização na educação, professores tomaram às ruas numa vigorosa demonstração de força política.
No entanto, um agravante político tem se imposto e historicamente resistido à maioria dos sindicatos: a burocracia fechou o sindicato a qualquer pronunciamento de trabalhadores da base; noutras palavras, as burocracias sindicais querem calar os trabalhadores da base, utilizando-se inclusive de todos os meios possíveis, dos mais sorrateiros aos mais truculentos. É o caso dos bate-paus (pagos com o dinheiro dos associados) contratados pela direção do sindicato para impedir o acesso no caminhão de som à fala dos trabalhadores que querem exprimir suas ideias políticas. Agindo assim, a direção sindical tem atropelado até mesmo o estatuto da entidade. Fenômeno parecido com o que ocorre em outros sindicatos: enquanto tenta esquartejar o cérebro dos trabalhadores ouvintes, falando de uma democracia (esta obviamente abstrata ou burguesa), os dirigentes ordenam seus bate-paus a impedir o acesso àqueles da base que querem falar.





Os bate-paus em sua maioria têm forte ligação com militares, quando não são eles os próprios militares; os bate-paus têm ordem expressa para impedir que os trabalhadores da base façam uso da palavra; os bate-paus são orientados a bater nos lutadores que insistem/resistem em subir no carro de som. Então, percebamos o cúmulo da contradição entre o discurso e a prática da Srª Bebel, a “proprietária” da APEOESP: fingir que luta contra o governo Alckmin, mas habitualmente recorre à polícia militar, portanto, a força repressora desse mesmo governo que essa senhora, assim como tantos outros, julga autoritário, para reprimir professores que querem falar. Mas aí é que está o nó da questão! Aqueles que de fato pretendem expor os limites da luta sindical e querem propor outras formas de enfrentamento à luta, são impedidos de falar, numa truculenta tentativa de os calar. Embora a burocracia assim o faça, não nos calarão, porque por outros meios a voz dos oprimidos ganha coro e ouvidos; porque por outros canais,  como este por exemplo, essa denúncia se fará.

Vergonhosa é a posição daqueles que se dizem de oposição à burocracia dirigente: calam-se diante da truculência institucional. O silêncio não é conivência? É comum nas assembleias se ver na fila dos que sobem ao carro de som para falar, representantes - da dita oposição - terem seu livre acesso à fala, enquanto os trabalhadores comuns, aqueles que pagam e sustentam o sindicato, são espancados e impedidos de falar. Por suas vezes, os representantes, das diferentes tendências políticas, mesmo diante da oportunidade de falar da violência, aliás, de denunciar a truculência promovida pela direção sindical; de denunciar as perseguições e prisões políticas as quais muitos lutadores vêm/estão sofrendo da parte dos governos burgueses (estaduais e federal}; eles mais se preocupam é em marcar terreno para seus respectivos partidos, cujos interesses políticos não disfarçam a aposta futura de também algum dia poder se apropriar da toda poderosa máquina sindical. Mas para quê? Para também conduzi-la na luta de modo que a desvie dos interesses de nossa classe?
Sabendo de seu histórico de pelegagem e de trairagem, quem poderá confiar à Bebel a negociação de portas fechadas com o secretário da educação? Propomos que façamos uma comissão que envolva também professores da base! Chega de patifaria!
Povo trabalhador, usemos toda nossa potência política para enfrentarmos e derrotarmos aqueles que tentam nos esmagar: nossos inimigos de classe! 
Lutemos!

21 de março de 2015

GREVE DOS PROFESSORES DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROFESSORES DA REDE DE ENSINO DO ESTADO DE SÃO PAULO DECIDEM CONTINUAR A GREVE INICIADA HÁ UMA SEMANA


Cerca de 20 mil professores, reunidos ontem, na av. Paulista, decidiram pela CONTINUIDADE DA GREVE, a qual decretaram no dia 13 de março. Os professores seguiram em passeata até a Praça da República, onde fica a sede da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Entre as reivindicações feitas para atender as necessidades imediatas da categoria, exigimos: 

Nada de processos contra lutadores(as)!
Aposentadoria já para o companheiro Tonhão!
Fim imediato do processo contra o companheiro Idelfonso!
Nenhuma demissão, lutar não é crime!
Liberdade para todos(as) os(as) presos(as) políticos(as)!
Por salário e condições de trabalho!
Contra a privatização da educação! 

O governo do PSDB, Geraldo Alckmin, como de costume, até o momento, tem ignorado a luta dos professores, até a hora em que pagará caro por sua política nefasta.


Os professores, como uma grande parte dos trabalhadores revoltados com as danosas políticas desse Estado capitalista, seguem firmes na luta - para mais uma semana de mobilizações regionais e para mais uma assembleia estadual aprovada para a próxima sexta-feira 27 de março, às 14h, no MASP, av. Paulista.

A luta continua!

12 de março de 2015

BOLETIM


Por quais razões vamos à greve
Viver no Brasil está cada vez mais difícil. O custo de vida aumentou: conta de energia, aluguel, alimentos, gás de cozinha, tarifa do transporte, conta de água... tudo mais caro! A democracia burguesa expõe sua face! O trabalhador carrega todo o fardo da produção da riqueza e ainda arca com todos os prejuízos causados por governos e patrões. Se por um lado devemos lutar para não vermos ditadura militar, por outro, é preciso escancarar os limites da democracia burguesa! Viver nesse modelo político, econômico e social nem sempre é garantia de liberdade e de direitos assegurados!
Mais de vinte anos de governo do PSDB em São Paulo e doze anos de governo do PT no Brasil provam que esses governos (e de quaisquer outros que assumam a mesma postura política de defesa da ordem socioeconômica capitalista) não governam para o povo trabalhador, que teve ao longo desse tempo sua vida degradada. Por outro lado, para a classe dos ricos a história é bem diferente!
O grau de exploração ao qual é submetido o trabalhador brasileiro tem levado ele a se manifestar e por vezes se revoltar. Insatisfeita com os ganhos e os lucros que extraem dos ombros maltratados do trabalhador, a classe dos mais ricos (governantes e patrões) tem ordenado e aplicado o seu poder para conter e desorganizar os que se organizam e lutam para se verem livres de sua condição de exploração.
Em São Paulo, Estado que concentra a maior fatia da produção de riqueza do Brasil, ao longo de duas décadas – sob o governo do PSDB e da classe mais rica do país – a concentração para os mais ricos e a má distribuição dessa riqueza tem rebaixado as condições de vida e de trabalho do povo trabalhador. Logo, se os ricos não abrem mão de seu modo de vida luxuoso, os pobres é que devem pagar por essa condição? Não!
No entanto, movidos pela necessidade de se lutar para não deixar suas condições de vida se degradarem ainda mais, a classe pobre trabalhadora tenta se organizar. Mas, na luta de classes (trabalhadores explorados contra exploradores = políticos e patrões) uma das partes tem que ceder... Com medo de perder seus privilégios, propriedades e luxos, a classe dos governantes e capitalistas se articula para neutralizar a luta de sua classe inimiga: a classe trabalhadora explorada/assalariada.
O povo trabalhador brasileiro é roubado há décadas

MAIS UMA PERSEGUIÇÃO DO GOVERNADOR ALCKMIN
As armas da maldade do governador fascista Geraldo Alckmin/PSDB fazem mais um alvo. Desta vez é o professor de História da rede estadual, Adriano Gomes, da escola Profª Ilia Zilda Inoccenti Blanco, de Guarulhos. Este professor, há 3 anos, vem sofrendo um sorrateiro processo de perseguição do Governo do Estado de São Paulo: assédio moral, acusações sem provas, difamações e pressão sobre o diretor da escola para rebaixar a nota do professor no estágio probatório.
Tudo isso, para calar o professor e barrar sua militância contra a política de destruição da escola pública levado a cabo pelo governador Geraldo Alckmin/PSDB.
Neste novo ataque ao professor, um processo administrativo foi iniciado a pedido da Polícia Militar de São Paulo à dirigente de ensino da Diretoria de Ensino Guarulhos Norte, senhora Maria Inês Molinari Sofia, uma fiel agente das políticas neoliberais do governador em Guarulhos.
Um processo com muitas acusações e ausência de prova; apenas acusações de alguns diretores e da dirigente que aceitam o papel de coadjuvantes neste grandioso movimento de destruição da educação pública.
O processo administrativo foi aberto pela Secretaria Estadual de Educação a pedido do Chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Sr Leônidas Pantaleão de Santana. De posse do pedido de abertura de averiguação feito pela PM, a senhora Maria Inês, na tentativa de montar um dossiê contra o professor, nomeou duas supervisoras para realizar a empreitada. As supervisoras foram em todas as escolas que o professor trabalhou desde 2006. E o que elas constataram foi a ausência de irregularidades e de ocorrências no que diz respeito a conduta do professor, conforme consta no relatório:  “sobre a conduta do prof° Adriano na Unidade Escolar, informo que não há registros de irregularidades e não há ocorrências envolvendo-o durante o período em que trabalhou na Unidade Escolar”.
Ora, como vemos, mesmo sem provas a inquisição da Dirigente continua, carregada de criminalização aos movimentos sociais, e em especial a tática de auto defesa black block.  A cupincha do governador publica:
“Após a análise do teor do processo, dos depoimentos dos Diretores de Escola, à luz da legislação vigente, conclui-se que: a) O comportamento apresentado pelo prof°  Adriano, frente a autoridade policial, não dignifica a função pública;
b) De igual modo, no exercício de suas atividades docentes, o prof°  Adriano não desenvolve mecanismos para formar cidadãos para uma convivência social pacífica, conforme os ditames constitucionais, pelo contrário, incita a desordem, a destruição, posto que se intitula como ‘black block’”.
Na realidade, as contradições no relatório é que nos servem de prova de que a armação feita para penalizar o professor Adriano não esconde a intenção de puni-lo pela sua militância, na tentativa de afastá-lo da luta. Da mesma forma como o Estado fez com o companheiro professor Antônio Geraldo Justino (Tonhão), combativo militante que vive como um exilado político em seu próprio país. Tonhão resiste e luta há 15 anos sem emprego formal e sem sua aposentadoria, da qual tem direito, mas lhe é politicamente negado; vive penalizado pela truculência dos governantes do PSDB (Covas, Lembo, Serra e Alckmin). O fascismo presente nas ações do governo nos obriga a lembrar que a violência política promovida pelo governo de São Paulo contra o professor Tonhão tem a mesma força com que persegue, prende e mata tantos outros oprimidos.
A luta segue!
Mesmo com toda esta perseguição não nos calarão, continuaremos lutando pelo fim da apropriação privada da riqueza, fruto do suor da classe trabalhadora.
Não é a repressão policial que matará a luta, as armas da burguesia não nos calarão.
O capital por sua natureza não promove justiça social, distribuição de renda e riqueza; o capital é a causa da nossa pobreza, a causa das nossas desgraças.
Lutaremos para construir uma sociedade sem classes, um mundo livre em que o fruto do trabalho seja usufruído por todos. Muitas ditaduras foram derrotadas, esta será desmascarada em breve.
Organizar a Greve na educação estadual de São Paulo
Entendemos que no momento devemos organizar a greve como medida política imediatamente aplicável. É chegado o momento de nos desafiarmos: vamos conduzir a luta para não corrermos o risco de sermos conduzidos; vamos enfrentar a burocracia e a pelegagem sindicais para que o oportunismo não tenha espaço para nos trair.  Avancemos na luta política tal como os companheiros professores fizeram no Paraná.
No Paraná, o professorado compreendeu não apenas a necessidade de resistir, de defender suas conquistas, mas também de avançar na luta, provocando uma ofensiva contra outro governo fascista do PSDB, do governador Beto Richa. Com ocupação da Assembléia Legislativa e a construção de um acampamento em frente ao Palácio do Governo, e seguidas passeatas parando o centro de Curitiba.
 Avante, companheiros! Avante!

Construir a greve unificada na educação, professores e funcionários!
Nada de processos contra lutadores(as)!
Aposentadoria já para o companheiro Tonhão!
Fim imediato do processo contra o companheiro Idelfonso!
 Nenhuma demissão, lutar não é crime!
 Liberdade para todos(as) os(as) presos(as) políticos(as)!
Por salário e condições de trabalho!
Contra a privatização da educação!

                                    “Come ananás, mastiga perdiz, teu dia está prestes burguês”.
Maiakóviski.




ÀS MULHERES GUERREIRAS E ÀS NOSSAS CRIANÇAS