Oprimidos,
explorados, despossuídos, marginalizados, e povos massacrados de todo o mundo, nos
organizemos e lutemos contra as classes exploradoras e opressoras!
Os ataques
sofridos pelos trabalhadores e estudantes pelo mundo devem receber como
resposta a unidade da classe dos oprimidos na luta contra seus opressores!
O terrorismo
de Estado e sua política fascista está em conformidade com a ditadura burguesa,
e está presente na maioria dos países do mundo.
Em
proporções semelhantes, à medida que cresce a sede de lucro da burguesia, por
outro lado, aumenta a violência sobre os explorados.
As medidas
políticas adotadas pela maioria dos países do mundo para tentar sair da crise
econômica que os mais ricos geraram, são práticas de violência. Os cortes dos
recursos que deveriam ser aplicados em áreas prioritárias (como saúde,
educação, transporte e moradia) devem ser entendidos também como formas de
violência contra o povo trabalhador.
Na luta de
classes, cada grupo defende os seus interesses: a burguesia, com todo o seu
aparato (o Estado e os meios de produção da riqueza social), defende a todo
custo o lucro; enquanto o povo trabalhador luta por dignidade!
E é nessa
luta por dignidade, para melhorar suas condições de trabalho e de vida, que, há
anos, trabalhadores em geral, professores e estudantes se organizaram e estão
lutando contra a política de cortes na educação promovida pelo Estado mexicano.
E qual tem sido a postura política de grande parte dos estados mexicanos? Não
muito diferente da política de muitos Estados pelo mundo afora. Incapazes de
lidarem com o contraditório, a repressão tem sido para além das prisões, dos
espancamentos, das torturas e das perseguições...
No México, a
política repressiva tem consumido muitas vidas; no México, o estado policial tem
promovido massacres! Nem bem o povo trabalhador se recompôs do choque pela
perda dos 43 jovens estudantes (em 2014) que foram massacrados pela política
fascista do prefeito de Iguala (cidade mexicana), agora, num episódio mais
recente, mais de 10 professores foram assassinados pelas forças policiais do
aparato policial do Estado mexicano.
E é contra
esse estado de coisas absurdas que devemos nos revoltar! E é contra esse
sistema desumanizante que devemos lutar! E é em apoio a cada explorado e a cada
lutador abatido, perseguido, oprimido, no mundo, que devemos nos solidarizar! E
deve ser nos organizando como classe para barrarmos essa ofensiva poderosa das
classes dos que dominam e podermos avançar na luta para superação desse estado
de barbarização social.
Não custa
lembrar que, assim como no México, o Brasil também sofre com o aumento da violência
praticada pelo Estado, com incontáveis casos de violação de direitos humanos (incluindo
a absurdidade da violência policial contra o trabalhador do campo e da cidade,
contra o indígena, e sobretudo, contra os jovens negros da periferia); assim
como no México, a situação política no Brasil é de avanço nos cortes de
recursos a áreas prioritárias; assim como no México, no Brasil também está em
curso a privatização do sistema de ensino público e a militarização da
educação; assim como o México, tantos outros países latino-americanos, bem como
tantos outros países no mundo afora, estão sob as mesmas políticas de cortes e de
intervenção militar.
Compreendendo
isso como a natureza política e econômica do regime burguês, enquanto classe
oprimida, explorada, não nos resta outra alternativa que não seja a do combate
a essa ordem de coisas desumanizantes: a exploração do povo trabalhador para a
geração de lucro e de impostos, sacrifício da maior parte dos seres humanos
para garantia do conforto e do privilégio de uma minoria, e utilização do poder
e das forças armadas para fazer calar aqueles que lutam para superar esse
perverso sistema social.
Explorados
e oprimidos do mundo, nos organizemos e lutemos por outro mundo possível!
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