5 de julho de 2016

Por que devemos nos solidarizar com os trabalhadores e estudantes mexicanos massacrados pelo terror do Estado burguês?


Oprimidos, explorados, despossuídos, marginalizados, e povos massacrados de todo o mundo, nos organizemos e lutemos contra as classes exploradoras e opressoras!
Os ataques sofridos pelos trabalhadores e estudantes pelo mundo devem receber como resposta a unidade da classe dos oprimidos na luta contra seus opressores!
O terrorismo de Estado e sua política fascista está em conformidade com a ditadura burguesa, e está presente na maioria dos países do mundo.
Em proporções semelhantes, à medida que cresce a sede de lucro da burguesia, por outro lado, aumenta a violência sobre os explorados.
As medidas políticas adotadas pela maioria dos países do mundo para tentar sair da crise econômica que os mais ricos geraram, são práticas de violência. Os cortes dos recursos que deveriam ser aplicados em áreas prioritárias (como saúde, educação, transporte e moradia) devem ser entendidos também como formas de violência contra o povo trabalhador.
Na luta de classes, cada grupo defende os seus interesses: a burguesia, com todo o seu aparato (o Estado e os meios de produção da riqueza social), defende a todo custo o lucro; enquanto o povo trabalhador luta por dignidade!
E é nessa luta por dignidade, para melhorar suas condições de trabalho e de vida, que, há anos, trabalhadores em geral, professores e estudantes se organizaram e estão lutando contra a política de cortes na educação promovida pelo Estado mexicano. E qual tem sido a postura política de grande parte dos estados mexicanos? Não muito diferente da política de muitos Estados pelo mundo afora. Incapazes de lidarem com o contraditório, a repressão tem sido para além das prisões, dos espancamentos, das torturas e das perseguições...
No México, a política repressiva tem consumido muitas vidas; no México, o estado policial tem promovido massacres! Nem bem o povo trabalhador se recompôs do choque pela perda dos 43 jovens estudantes (em 2014) que foram massacrados pela política fascista do prefeito de Iguala (cidade mexicana), agora, num episódio mais recente, mais de 10 professores foram assassinados pelas forças policiais do aparato policial do Estado mexicano.
E é contra esse estado de coisas absurdas que devemos nos revoltar! E é contra esse sistema desumanizante que devemos lutar! E é em apoio a cada explorado e a cada lutador abatido, perseguido, oprimido, no mundo, que devemos nos solidarizar! E deve ser nos organizando como classe para barrarmos essa ofensiva poderosa das classes dos que dominam e podermos avançar na luta para superação desse estado de barbarização social.
Não custa lembrar que, assim como no México, o Brasil também sofre com o aumento da violência praticada pelo Estado, com incontáveis casos de violação de direitos humanos (incluindo a absurdidade da violência policial contra o trabalhador do campo e da cidade, contra o indígena, e sobretudo, contra os jovens negros da periferia); assim como no México, a situação política no Brasil é de avanço nos cortes de recursos a áreas prioritárias; assim como no México, no Brasil também está em curso a privatização do sistema de ensino público e a militarização da educação; assim como o México, tantos outros países latino-americanos, bem como tantos outros países no mundo afora, estão sob as mesmas políticas de cortes e de intervenção militar.
Compreendendo isso como a natureza política e econômica do regime burguês, enquanto classe oprimida, explorada, não nos resta outra alternativa que não seja a do combate a essa ordem de coisas desumanizantes: a exploração do povo trabalhador para a geração de lucro e de impostos, sacrifício da maior parte dos seres humanos para garantia do conforto e do privilégio de uma minoria, e utilização do poder e das forças armadas para fazer calar aqueles que lutam para superar esse perverso sistema social.
Explorados e oprimidos do mundo, nos organizemos e lutemos por outro mundo possível!

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