23 de maio de 2018

PLENÁRIA NO DIA 27/05, NO ACEPUSP (Rua da Consolação, 1909), ÀS 14 HORAS, PARA DISCUTIR A REFORMA DO ENSINO MÉDIO E OS RUMOS DA LUTA PELA EDUCAÇÃO NO BRASIL


O ano de 2015 entrou para história do Brasil, depois que os secundaristas do ensino público de São Paulo ocuparam mais de 200 escolas em todo estado. Milhares de estudantes mobilizaram-se contra o projeto de Reorganização do Ensino, imposto pelo então governador Geraldo Alckmin, PSDB. Embora essa reforma educacional tenha sido “suspendida”, pelo governo paulista, os grandes conglomerados empresariais transnacionais, interessados na privatização do ensino público (visando lucrar) e na demissão em massa de professores, retomaram-no âmbito federal com a lei 13.415/2017, cuja função é impor uma enorme “reforma da educação básica”, a qual mostra sua pior face na reforma do ensino médio. Este ataque está sendo implementado através da aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), proposta pelo Conselho Nacional de Educação. E é contra ela que precisamos unificar todo o setor da educação, professores e professoras, estudantes e famílias das escolas públicas e privadas, para barrar mais esse retrocesso com a nossa luta.

O efeito imediato mais violento é a diminuição do número de professores de que as escolas precisarão para suprir esse novo formato de ensino médio. A BNCC estabelece que o “Módulo Comum”, será ofertado apenas no 1º Ano, obrigando o estudante a “escolher”, a partir do 2º Ano, apenas uma área de conhecimento: ou Ciências Humanas, ou Exatas, ou Linguagens, ou Ciências da Natureza ou o técnico. E o pior: a BNCC não obriga as escolas a ter todas as áreas, podendo fazer com que existam escolas técnicas, outras só de Exatas, etc, isso significa que o número de aulas que cada professor teria direito será reduzido na mesma medida em que cair a quantidade de disciplinas, por exemplo: os professores de história, geografia, sociologia e filosofia, que compõe a área de Ciências Humanas, irão todos competir pelas mesmas aulas e ficarão reféns desta falsa escolha que está sendo imposta aos estudantes.

Sabemos que a “Reforma do Ensino Médio” responde aos interesses desses conglomerados empresariais que estão de olho na privatização do Ensino Público e no ACHATAMENTO DOS SALÁRIOS dos professores que restarem.

Além da BNCC e a reforma do ensino médio, nos deparamos com outros ataques promovidos pelo governo e empresas privadas, como por exemplo, o CIS (Contrato de Impacto Social), que é uma modalidade de parceria público/privado, onde o estado contrata empresas privadas e opta por não desenvolver o serviço público, mas transferir dinheiro público para a iniciativa privada, terceirizando atividades meio e atividades fins, para realizar as intervenções em espaços públicas, mas só paga se o resultado for positivo. Assim o governo economiza dinheiro e se livra das responsabilidades com a educação pública, já os investidores lucram com as dificuldades do governo. O resultado disso é a perda da autonomia do professorado, da comunidade escolar e a retirada da responsabilização do governo pela péssima educação oferecida.

Sabemos que no dia 08/06, haverá uma Audiência Pública do CNE, no Memorial da América Latina, na qual será discutida a “Reforma do Ensino Médio”. Precisamos construir uma linha política para barrar essa reforma e fazer avançar a luta de classes!!!

PARA ISSO, VAMOS REALIZAR UMA PLENÁRIA NO DIA 27/05, NO ACEPUSP (Rua da Consolação, 1909), ÀS 14 HORAS, PARA DISCUTIR A REFORMA DO ENSINO MÉDIO E OS RUMOS DA LUTA PELA EDUCAÇÃO NO BRASIL.

TRABALHADOR@S, UNÍ-VOS!

ARRIBA L@S QUE LUCHAN!

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