24 de agosto de 2020

LUTA POR DIGNIDADE AOS PROFESSORES CONTRATADOS!

 Os docentes precarizados da Educação Pública no Estado de São Paulo vêm sofrendo em meio à crise econômica e sanitária as mais diversas calúnias e arbitrariedades por parte do secretário Rossieli Soares na gestão Dória-PSDB.
A Lei Complementar 1.093 promulgada por José Serra em 2009 que criou o professor Categoria O, alterando a legislação anterior e o modelo de contratação para professores substitutos, iniciou não só a precarização do trabalho docente na educação normal como uma subdivisão dentro da categoria entre os professores OFA – Ocupante de Função Atividade, nomenclatura para professor precarizado!
 Passados 11 anos, hoje essa fração da categoria conta com mais de 40.000 docentes dos 250.000, segundo os dados oficiais. Além de um relativo aumento nos contratos nos últimos anos, que segundo o próprio STF é julgado como inconstitucional, portanto, um contrato burlesco que não garante os mínimos direitos previstos na CLT, esse modelo continua desferindo golpes de marreta e conduzindo os professores à precarização absoluta.
Esse quadro de sucateamento e desvalorização do trabalho docente vem sendo coroado hoje pelas políticas institucionais que vão da esfera federal a estadual. E, no limbo do funcionalismo público, se aglomera uma parcela que hoje trabalha sob um regime contratual fantasma, com sérios problemas laborais, ocupacionais e estruturais que perpassam décadas. Além dos problemas gerados pela dinastia tucana no Estado de São Paulo, hoje nos encontramos frente a uma pandemia que vem assolando a vida de nosso povo, dado o deboche e tendência genocida explicita na gerência podre do estado burguês que permite que se sacrifiquem vidas em nome dessa economia.
A determinação defendida pelo secretário Rossieli de voltar às aulas tem caráter homicida. Os cálculos (de acordo com o comitê de saúde estadual) são da explosão de um avião Boeing 747 por dia. 
O estado se encontra imerso em uma crise sanitária e A SUSPENSÃO DO RESTANTE DO ANO LETIVO É UMA PAUTA QUE DEVEMOS DEFENDER COM UNHAS E DENTES! A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo determina a volta parcial e semipresencial para os estudantes que não puderam ter acesso ao Centro de Mídias, outra palhaçada que o governador desengavetou junto com os programas do Inova Educação e das Escolas Integrais. Também não nos esquecemos da reorganização escolar feita às escondidas desde a gestão do picolé de chuchu, Geraldo Alckmin. 
A SUSPENSÃO DO ANO LETIVO E INTERDIÇÃO DAS ESCOLAS, ALÉM DO PAGAMENTO DE SALÁRIOS (DE ACORDO COM O PISO ESTADUAL DA CATEGORIA) PARA OS DOCENTES QUE NÃO COMPLETARAM SUA CARGA HORÁRIA, BEM COMO PARA O(A)S DEMAIS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO (MERENDEIRAS E AGENTES DA LIMPEZA),  E AUXÍLIO MERENDA PARA OS ESTUDANTES DE BAIXA RENDA, SÃO MEDIDAS PREVENTIVAS DE EXTREMA URGÊNCIA E DEVEM SE SOMAR ÀS PAUTAS REIVINDICATÓRIAS DA CATEGORIA E EM ESPECIAL DOS PROFESSORES CONTRATADOS. 
Em meio aos sérios problemas que estamos enfrentando, entrincheirados nessa condição de isolamento e tomando os devidos cuidados sanitários para a não propagação do Covid – 19, a questão que mais nos toca diz respeito à representatividade classista, ou melhor, a necessidade urgente e imediata de estabelecer canais para a auto-representação e autonomia em face a burocracia sindical da Apeoesp. 
Consideramos que o modelo sindical está não só sob tutela do estado e dos partidos, com o do jogo sujo nos gabinetes e os piores acordos para categoria, mas corrompido e apartado da realidade do professor e da comunidade escolar. A luta na esfera parlamentar só verticaliza e neutraliza o poder de massa da base. Rechaçamos os deputados que dentro da Alesp subordinam as reivindicações dos professores a simples projetos de lei que podem ser pisoteados pela ala reacionária bandeirante. Lutamos por uma educação pública de qualidade, contra a farsa do ensino remoto (EAD), pela efetivação imediata de todos(as) professores(as) contratado(a)s e PELA GREVE GERAL EM DEFESA DA VIDA!

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