2 de fevereiro de 2016

ATO DIA 03/02, as 19h, na FACULDADE DE DIREITO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Rua Java, Jardim do Mar, São Bernardo, com concentração às 18h no estacionamento em frente à faculdade

Em apoio a toda manifestação contrária às inúmeras formas de opressão, compartilhamos postagem recebida pelo whatsapp.
ASSASSINOS, MACHISTAS, HOMOFÓBICOS, TRANSFÓBICOS, NÃO PASSARÃO!!!!




[ATO] [APOIO] [PROFESSOR MACHISTA OPRESSOR] [TEXTÃO] 
Bom dia/ boa tarde / boa noite
Vou tentar ser breve porque a situação é grave e precisamos do apoio de vocês na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. 
Lá tem um coletivo feminista, o Respeita as Mina, e elas pediram a nossa ajuda. 
Lá tem um professor de direito Penal, chamado Tailson, que sempre teve falas machistas, homofóbicas e transfóbicas, e veio piorando ao longo do tempo. “Piadinhas” como “O Shopping Gay Caneca”, “O TRAVECO”, “Será que prostituta pode ser estuprada?”, “Vamos parar de falar de crime grave e vamos falar de um mais leve, o ESTUPRO”... 
Ano passado foi o pior. Quando foi ensinar sobre homicídio, ficou falando em “Como matar uma mulher sem deixar vestígios”, com a desculpa que era só algo científico. Em março, no Evento de Direitos das Mulheres, ele repetiu essa pergunta, e muitos alunos deram risada e aplaudiram o professor. 
Em agosto, usou como “exemplo” a seguinte frase: “Vamos supor que o aluno X (o nome variava conforme a sala) estuprasse a Fernanda Montenegro, por caridade, é claro...” e deu risada. É, gente. Estupro por caridade porque a mulher é velha. Uma aluna tentou intervir e mostrar pra ele o problema dessa “piada”, ele não reconheceu e terminou falando “Antes eu usava de exemplo a Hebe Camargo, mas é que eu respeito os mortos”. 
Ele tá respondendo desde novembro do ano passado a um processo administrativo disciplinar, que é sigiloso, mas não foi afastado, e está dançando na cara do pessoal tranquilamente, quase morando na faculdade. Além disso, ele é presidente do departamento de Direito Penal, e “milagrosamente” a carga horária dele aumentou bastante. O PAD, pra quem não conhece, é um processo administrativo instaurado pra apuração de fatos cometidos por servidor público – a Direito São Bernardo é uma autarquia municipal e esse processo é o que decide se tem punição ou não ao professor. 
Acontece que esse professor está usando o cargo que tem pra tumultuar as coisas. Precisamos que ele seja afastado da faculdade pelo menos enquanto durar o processo e tiverem as investigações, porque a presença dele lá está colocando medo nas alunas que poderiam depor contra ele. Mas ele ainda não foi afastado – acreditamos que por ele ser influente, mesmo não sendo advogado. 
Pra vocês terem ideia do tumulto: o Centro Acadêmico pediu pra entrar no processo como terceiro interessado porque representa os alunos e pediu a suspensão do professor. Uma hora depois do professor ter tido acesso a isso, “misteriosamente” um aluno descobriu que o Centro Acadêmico fez isso e publicou nos grupos da faculdade tentando deslegitimar a porra toda, criticando o CA por não ter contado nada. Mas o CA não podia falar nada, porque o processo é sigiloso (e nem a gente podia antes). 
Uma semana depois, ele mandou e-mail pra todxs alunxs e orientandxs de TCC dele dizendo que estava sendo perseguido por uma aluna desde agosto passado (a aluna que o confrontou sobre o estupro ser caridade), pedindo cartinhas de apoio (inclusive dando o modelo de como as cartinhas deveriam ser feitas para proteger sua "honra", pra que foi perguntar como escrever a carta) e no e-mail ele deixa bem claro que se ele for suspenso essas pessoas todas seriam prejudicadas de colar grau (o que pra nós é muito importante, uma vez que pra fazer a prova da OAB depende disso), pois ele não teria como fazer as bancas. Obviamente que muitos alunos, que não têm noção do que tá acontecendo, estão preocupados e querendo manifestar apoio pra não serem prejudicados. Isso é tráfico de influência!! 
Além disso TUDO, ele vem ameaçando de processo algumas alunas que bateram de frente com ele ano passado. PRECISAMOS AFASTAR ESSE CARA DE LÁ O QUANTO ANTES. Por isso, o coletivo Respeita as Mina organizou um ato 03/02 as 19h, lá do lado de fora da faculdade mesmo, que fica na Rua Java, Jardim do Mar, São Bernardo, com concentração às 18h no estacionamento em frente à faculdade, pra botar pressão no diretor e nos membros da comissão, pra que seja feito o que tem que ser feito. 
Precisamos do apoio de muitas pessoas. O ato será em repúdio ao fato da faculdade não suspender o professor e permanecer inerte! Vamos confeccionar os cartazes dia 01/02, de noite, na UFABC de SBC, pra evitar que surjam cartazes com frases que possam dar ensejo a processos (não só dele contra as alunas, mas da própria faculdade contra as alunas, porque a perseguição tá grande). 
Se alguém tiver interesse pede pra ser adicionado no grupo do whats q tá organizando o ato, lá temos outros coletivos que já fecharam conosco... dentre eles: Yabá - PUC direito; temos a Virgínia Guitzel do Pão e Rosas; meninas da UFABC; Espaço Socialista, Coletivo Libertas - psico PUC, mas resumidamente, é isso. 
Além do ato em si, para as pessoas que não puderem estarem lá, será elaborado um texto e disponibilizado pra que no momento do ato, coletivos feministas (e quem quiser) postem no facebook como nota de apoio ao ato.

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